1. A última crise financeira evidenciou o perigo
para os contribuintes de um sistema bancário que, entre outros aspectos,
mistura a banca comercial e a banca de investimento, um sistema em que os
lucros são privados mas os prejuízos são públicos. A vossa força política seria
favorável a legislação que separasse a banca comercial da banca de investimento?
O LIVRE defende a separação da banca comercial da banca de investimento,
para que o risco da atividade especulativa não recaia sobre o estado nem sobre
os depositantes. É uma das medidas que já defendemos desde sempre e que está no
nosso programa a estas legislativas: https://programa.partidolivre.pt/proposta/1.5.
2. Os trabalhadores a recibos verdes correspondem
frequentemente a relações laborais que não estão reguladas pelo Código do
Trabalho. Não se lhes aplica, designadamente, o salário mínimo nacional. Como
primeiro passo na regulação da remuneração dos trabalhadores a recibos verdes,
a vossa força política seria favorável a que existisse uma remuneração mínima
horária garantida para os trabalhadores a recibos verdes, concretamente com um
valor de 8€ por hora?
Sim, o LIVRE defende uma Retribuição Horária Mínima Garantida de 8 euros
(a preço de 2019), além de outras medidas de proteção do trabalho independente
e do combate aos falsos recibos verdes.
https://programa.partidolivre.pt/proposta/3.7
3. Entendem que o combate às disparidades
salariais traria um benefício à sociedade ao ponto de se justificar a
definição de rácios salariais, concretamente definindo um tecto salarial em
função do salário mínimo, dentro das empresas ou setores de atividade?
Sim, o LIVRE defende que é necessário e urgente diminuir a desigualdade e
para isso aumentar os rendimentos e a distribuição. Por isso propomos o aumento
do salário mínimo nacional para 900€, a instituição de um rácio máximo de
desigualdade salarial em cada empresa, organização ou ramo de atividade, e
ainda o limite dos bónus e prémios atribuídos a acionistas, promovendo a sua distribuição
a todos os trabalhadores.
https://programa.partidolivre.pt/proposta/3.1
4. Os atrasos na atribuição das reformas têm sido
notórios e as soluções veiculadas nunca foram eficazes na sua resolução. Que
solução prática imediata defendem para resolver este problema?
O LIVRE defende o reforço de trabalhadores na Segurança Social e a valorização
das carreiras e condições de trabalho na Administração Pública.
Além disso, para minimizar os impactos dos atrasos da atribuição de reformas,
defendemos que seja criado um regime de prorrogação provisória do subsídio de
desemprego até à data de início da reforma, independentemente dos rendimentos
do agregado familiar do cidadão.